domingo, 4 de novembro de 2007

FAVELA DA ROCINHA








Rocinha é a maior favela do Brasil contando com cerca de 56.000 habitantes [1], embora algumas fontes afirmem que há bem mais. Com o intuito de regular o seu crescimento desordenado, a prefeitura da cidade implantou em 2001 um projecto urbanístico, designado Eco-limites, que delimitou a zona onde é permitida a construção com estacas de ferro unidas por cabos. Actualmente a Rocinha continua com forte crescimento devido ao forte influxo de migrantes de outros estados, tradicionalmente da Região Nordeste do Brasil mas cada vez mais do interior do estado. Atualmente conta com um grande aparato comercial instalado na própria favela, como redes de Fast-food, Lan Houses, bancos e empresas que levam os turistas para um tour pela favela. A favela, que atualmente possui status de bairro, está localizada entre os bairros da Gávea e São Conrado, dois dos bairros com IPTU mais alto do Rio de Janeiro. A proximidade entre as residências de classe alta desses dois bairros com a Rocinha cria um profundo contraste urbano na paisagem da região. Vale destacar o Largo do Boiadeiro, feira dominical com produtos Nordestinos na beira do asfalto e a bem sucedida ação do banco popular que empresta dinheiro de ONGs em baixas quantias (até mil reais) a pequenos comerciantes e ambulantes, com uma baixíssima taxa de inadimplência. A comunidade também conta com 4 linhas de ônibus, cooperativas de vans, serviços de moto-táxi, um posto de saúde, uma agência dos correios, duas agencias bancárias, serviços de internet, TV a cabo, rádios comunitárias, uma casa de show, três escolas públicas e várias creches comunitárias.
(O breve histórico da Rocinha)
A comunidade da Rocinha celebra aproximadamente 80 anos de mudanças, lutas e conquistas.Teve origem no final da década de 20 era uma enorme fazenda de café, inicialmente foi povoada por imigrantes portugueses e espanhóis.A forma de subsistência se dava com o cultivo de hortaliças que ofereciam às pessoas que percorriam a estrada da gávea, como alimentos oriundos de suas rocinhas.Daí o nome da maior favela da América latina. As terras foram divididas em grandes glebas para consumo agrícola, a maior parte delas pertenciam a CIA portuguesa Cássio Guidon, a bairro Barcelos a CIA Cristo Redentor e o laboriaux pertencia a uma CIA Francesa.Nesta época alguns guardas sanitários foram instalados para controlar uma infestação de mosquitos que estavam causando febre amarela na barra da tijuca. Em 1938 a estrada da gávea foi asfaltada, local onde ocorria o circuito da baratinha.Contudo, acelerou-se o processo de ocupação por pessoas que acreditavam ser as terras públicas. A partir dos anos 50 houve um aumento de migração de nordestinos ao rio, principalmente direcionados para a Rocinha e em 1960 e 1970 houve o segundo surto de expansão, pois o projeto para construção dos túneis Rebouças e dois Irmãos para melhorar a integração da cidade, ofertou para a população opções de emprego.Nas décadas de 50 e 60 se iniciou então as grandes modificações na arquitetura, nos hábitos de vida e nas relações socias desta população predominantemente nordestina. O descaso do governo com a comunidade, a falta de infra-estrutura, isto é, construção de barracos de papelão, degradação da floresta, crescimento desordenado, distribuição de água através de bicas entre outros problemas, provocou grande indignação, reivindicações e abaixo assinados.Sobretudo a população se organizou e muitas lutas se iniciaram e fizeram parte das conquistas desta comunidade.As lutas de nossos antepassados nos anseia coragem e esperança para dar continuidade por melhores condições de vida. E foi a partir da década de 70 que a comunidade obteve os primeiros progressos, resultado das reivindicações ao poder público, como a implantação de creches (a veterana foi ASPA), escolas, jornal local, passarela, canalização de valas, agência de correios, região administrativa...Já o posto de saúde foi criado em 82 com muitos esforços dos moradores, através da iniciativa do padre local que ofertou à comunidade um presente de natal.Então os moradores se mobilizaram para acontecer a canalização do valão, por conseguinte, criou-se o posto de saúde.Nesse processo algumas famílias que habitavam no valão foram deslocadas para o laboriaux,no qual havia 75 casas construídas pela prefeitura,sendo que 2 estas foram fundidas e criada a creche Yacira Frasão. E a luz?As pessoas contam algumas histórias que parecem lendas.Porém é interessante lembrar, que a primeira luz não foi elétrica.Diz o povo que um cavaleiro atravessava a rocinha acendendo lampiões das pequenas casas.Depois foi implantada cabines de energia que fazia distribuição para as famílias mais próximas.No proceder passou a ter comissões de luzes(bairro Barcelos e rocinha).A igreja católica em parceria com a pastoral de favelas,pressioram a light para implantar energia elétrica nas comunidades.E a rocinha foi uma das primeiras beneficiadas. Em meio a realizações que foram adquiridas com o tempo,a rocinha ainda carecia de equipamentos sócias e culturais suficiente para atender toda a comunidade.Mas os raros que atuam desenvolvem trabalhos significativos.Nesse sentido políticas públicas deveriam resolver as questões crucias que afetam esta população. A rocinha têm características peculiares,por exemplo,atualmente encontramos no bairro Barcelos uma grande variedade de comercio e serviço e um grande número de imóveis residências de qualidade.Já em outras áreas, como a vila macega,encontramos casas de madeira em situação de risco sem infra estrutura,onde diversas famílias vivem em extrema pobreza.Sua população é estimada em 120.000 moradores pelos registros da CIA de energia elétrica,em 62.000 pelo último censo oficial e em mais de 150.000 segundo os moradores. A comunidade teve um grande avanço,pois recebeu um projeto do governo federal,cujo nome,rocinha mais legal,que visa,legitimar os imóveis com a legalização do terreno.Através da ong Bento Rubião.Sobretudo,receberá um novo projeto para reurbanização que trará grande beneficio para os moradores melhorando o espaço de convivência.E essa a rocinha.

Um comentário:

carlos alberto de araujo alves disse...

O VIDEO SOBRE ESTA MATERIA ESTA EM BAIXO DO BLOOGER ( NO RODA PÉ)